domingo, 9 de dezembro de 2012

A insustentável leveza do ser


Há alguns anos lembro-me de ter gostado da seguinte frase/questão: “Entre a dor e o nada o que você prefere?” Aquilo ficou ali martelando na minha cabeça, acho que anotei em algum lugar, esqueci o nome do autor, pura injustiça, acho que era Carlos Drummond de Andrade, talvez...


Entre a dor e o nada o que você prefere? O que eu prefiro? Eis que a pergunta ficou sem resposta para mim e agora ela retorna com a leitura do livro “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera.

Logo no início do livro Kundera trás a pergunta feita por Parmênides a si mesmo sobre o que escolher o “peso” ou a “leveza”?
Kundera diz que “o mais pesado fardo nos esmaga, nos faz dobrar sob ele contra o chão (...). O fardo mais pesado é, portanto, ao mesmo tempo a imagem da mais intensa realização vital. Quanto mais pesado o fardo, mais próxima da terra está a nossa vida, e mais ela é real e verdadeira”.
Já a ausência do peso, do fardo “faz com que o ser humano se torne mais leve do que o ar, com que ele voe, se distancie da terra, do ser terrestre, faz com que ele se torne semi-real, que seus movimentos sejam tão livres quanto insignificantes”.
Pensando nisso, me parece mais justo consigo mesmo escolher o peso, escolher a dor por que será ela que fará nos sentirmos vivos. 

Penso que é na dificuldade, na luta constante pela vida, pela felicidade que nunca se alcança, é que vivemos. Porém, parece que não é isso que escolhemos na maioria das vezes. Queremos a leveza, por mais insustentável que ela possa parecer. A vida sem sentido é a que buscamos, conscientemente não é a que queremos, mas lá no íntimo é o caminho que tentamos trilhar. Triste para o homem é o caminho mais fácil!
A música acalma
A alma...
Que chora...
Que ora vê saída...
Que ora não vê nada.

sábado, 18 de agosto de 2012



...

Dor que insiste em maltratar meu coração!
São tantas as dores/sentimentos que me molestam...

A incerteza... mas para que certeza?
Se é ela que nos torna apáticos e sem graça.

A saudade... mas para que sentir saudade?
Se não é ela que decide encontrar.

A lembrança... para quê?
Se tentamos esquecer.

A vergonha... de quê?
De tudo, da vida, de mim mesma, de não poder olhar nos olhos...
E para quê?
Para deixar-me tosca e desajeitada, ora!!! Larga-me!!!

E o pior é que não posso pedir do fundo do coração para que as dores da vida me larguem...
Pois elas são a vida... e eu quero continuar!

quinta-feira, 5 de julho de 2012



Hoje li um artigo que me deixou alguns minutos sem reação. Intitulado de “Será o corpo humano obsoleto?” do professor Adroaldo Gaya bastante conhecido na área da Educação Física brasileira. O trabalho trata, conforme sugere o título, da decadência, do desuso do corpo humano. Eu sinceramente não imaginava que houvesse pessoas que se dedicassem com tanto afinco em tornar o ser humano “livre do seu corpo biológico”. Conforme o autor há inclusive data prevista para a efetivação da revolução chamada de neo-idealista e pós-humanista, ou seja, existe uma data aproximada (2030-2050 - tão próxima!!) para que o corpo seja substituído por uma máquina artificial.
A idéia de morrer é vista com muito desprezo, principalmente porque em geral acontece quando já acumulamos muitos conhecimentos. Fala-se em viver nas máquinas, até mesmo em realizar 2 – 3 cópias de uma mesma pessoa.

Particularmente vejo isso como um absurdo, pensar um “corpo fora do corpo” aff, não consigo... Posso até parecer retrógrada, mas vejo que há outras questões mais necessárias para serem pesquisadas e se a preocupação é viver eternamente, acredito que isso é possível sim, porém através da arte, da música, da literatura. Há escritores, por exemplo, que nem sonhavam com o “corpo artificial e a vida eterna” e, no entanto são inesquecíveis para a humanidade, continuam vivendo através de suas obras... Quem dera eu ter essa vida eterna!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Poeminha



Nos dias que o coração dói 
Chove dentro de mim uma água suja
Ela não merecia estar ali, não poderia...
Mas, apesar de tudo, está.

A água do mar vai e volta, trás e leva
A imagem permanece lá para sempre
como pintura sob a vida.

Císsa

domingo, 11 de março de 2012

"Bituca" de cigarro também é lixo!

Mais do que falta de educação o ato de jogar o filtro de cigarro no chão é um descaso com a natureza e com a saúde dos seres vivos. Em Santa Maria*, o cenário repleto de “bitucas” já se tornou comum e o problema não reside apenas no aspecto sujo da cidade, mas também em outras questões.

Por serem pequenos, muitos fumantes consideram os filtros insignificantes, inofensivos a natureza. Mas o fato é que a bituca de cigarro TAMBÉM É LIXO e polui, polui muito! Contamina a água com substâncias como cádmio, chumbo e arsênio, atingindo nós humanos e os animais.
Sem falar que antes de isso acontecer, para a fabricação dos cigarros, cerca de 200 mil hectares de florestas são destruídas todos os anos para dar lugar a plantações de tabaco. Outros malefícios causados diretamente ao fumante como o câncer que levam milhares de pessoas aos hospitais públicos e particulares geram, além de dor e sofrimento, despesas aos cofres públicos.
O ato de fumar e também de jogar os filtros de cigarro no chão, são atitudes que devem ser pensadas urgentemente, pois não diz respeito apenas ao fumante, mas ao meio em que ele vive.

 Enfim, o cigarro não faz mal apenas para quem fuma!

*Faça um passeio por Santa Maria (pode ser até de ônibus) e observe a quantidade de filtros jogados no chão. Lembre-se que cada bituca demora cerca de 5 anos para se decompor, se não houvessem pessoas que fazem a limpeza da cidade, certamente estarímos dentro de um imenso cinzeiro... ou já não estamos?

domingo, 4 de março de 2012

O melhor da Escócia!

 Que me desculpem os fanáticos por whisky, mas o melhor da Escócia é certamente a vida e obra de um ilustre filho: Artur Conan Doyle. Que além de ser criador de Sherlock Holmes um dos maiores personagens da literatura policial, foi esportista, inventor e médico.


As histórias do detetive Sherlock são tão facinantes que mesmo depois da morte de Doyle, vários escritores tentaram dar continuidade as suas histórias, como para tentar adiar a morte de um personagem tão apaixonante.  É uma pena que muitas pessoas só conheçam estas aventuras policiais através do cinema. Nada contra os filmes, mas o gosto de ver na tela os personagens antes imaginados, não tem preço!

Além do Um Estudo em Vermelho (1887), clássico onde Watson e Sherlock Holmes se conhecem, uma das melhores histórias, de Doyle, que conheço são O escândalo na Boêmia onde surge a bela Irene Adler, que veio a mudar a opinião do detetive sobre as mulheres, e também a história estranha de A Liga dos Cabeças Vermelhas.

É claro que grande parte das histórias são ótimas e fica difícil dizer quais são as melhores...mas fica aí minha opinião momentânea, afinal  Artur Conan Doyle escreveu várias histórias (romances, contos, peças de teatro, etc) e ainda faltam muitas para eu terminar de ler (ainda bem, muita aventura pela frente!).